terça-feira, 31 de julho de 2012

Renovar

Às vezes tudo se torna tão monótono. Essa indefinição me corrói. Dia-a-dia me distraio com pequenas coisas e assim vou seguindo. Buscando renovação, buscando a busca. Mas não está fácil. Meu único conforto é que isso também vai passar. Então, por favor, passe.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Àqueles que dançaram a vida


Quem está agora ao teu lado ?
Quem para sempre está ?
Quem para sempre estará ?

É fascinante esse balanço, esse eterno encontro e desencontro, a vida como um bailar de relacionamentos. Os que você achou que pra sempre estariam, os que jamais estariam, mas estiveram e os que sempre estão.
Nesses poucos anos de vida aprendi que primeiras impressões sempre ficam, mas podem sim ser mudadas. Que segundas e terceiras chances devem ser dadas, mas que quase como uma sentença esses felizardos te decepcionarão mais uma vez.
Aprendi que as juras de amor eterno também têm prazo de validade e que o que vale mesmo é a intensidade com que se vive, a entrega e o respeito.
Conheci pessoas completamente opostas com as quais aprendi a conviver e por que não gostar? Pessoas com as quais cresci junto e a quem devo ser eternamente grato pela dedicação e amizade construídas. Pessoas que jurei nunca perder e que nunca mais vi. Finais trágicos de relacionamentos nascidos para serem eternos. 
Não posso evocar a palavra efêmero aqui, o que percebo com mais afinco é a mudança. Talvez, efêmero também abranja esse significado. A mudança constante. 
E por conta dessas mudanças, muita gente se vai, outros vem. E nos resta aceitar. Nem todo mundo sabe lidar com as novas formas de ser do outro. Mas se existe cumplicidade e confiança nem o tempo apaga. 
Fui a pessoa que mais acreditou em você. Estive a seu lado em todos os momentos de sua vida, nos de calmaria e nos de confusão. Compartilhei com você os momentos de mais profunda angústia e de mais intensa felicidade. E foi então que descobri: amigo não é aquele que te apoia e te encoraja o tempo todo; não é aquele com quem você desabafa e chora durante os momentos difíceis. Mais do que isso tudo, amigo é aquele que  sabe partilhar os momentos bons, as alegrias e as conquistas.
E que as divide sem medo, por que amigo não sente inveja. Amigo não se sente menor com a vitória do outro. E talvez seja isso. Talvez você não saiba o que é a amizade. 
E não posso te julgar por isso, talvez você tenha seus motivos para ser assim. E eu te aceito dessa forma. Ainda que um pouco ressentido, sei que não posso cobrar de alguém aquilo que quase ninguém tem sensibilidade pra perceber.
Felizmente, sou um daqueles afortunados que em cada esquina tem um daqueles que pra sempre estarão. Mesmo que incomunicáveis pela distância, mesmo que separados pela atribulação do dia-a-dia. Mesmo que apagados pelo passar do tempo, um breve reencontro de olhares despertará um sorriso de criança e o sentimento verdadeiro e latente que jamais morrerá.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Por onde andei

Uberlândia, Araxá, Belo Horizonte, Sete Lagoas e Brumadinho. Ônibus, carro, trem, metrô, ônibus, carro e muita caminhada. Dias intensos e inesquecíveis a tal ponto de me fazerem vir aqui registrá-los. Momentos que merecem ser divididos.
Entre entrevistas, novos amigos e a realização de um sonho, conhecer Inhotim, pude refletir muito sobre os rumos que a vida toma. Laços eternos sendo desfeitos e outros novos se formando. A vida descomplicada, a construção de amizades mais maduras. A simplicidade como último grau de sofisticação.
No mais, o que fica é a sensação plena de se poder fazer aquilo que se sonha. Sabendo que ainda posso sonhar mais.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sebastião

Viveu como nenhum outro. Negão, Til ou Tião, sempre nos atendia com uma alegria incontestável. Conhecemo-nos na minha adolescência, e desde então fez parte de nossas vidas. Teve vários amigos, inimigos e com certeza se divertiu muito. Não era de desaparecer por muito tempo, estava sempre por perto, mas quando o fazia sempre trazia as marcas de seus romances de uma noite ou das caçadas aos moinhos de vento. Certo dia voltou pra casa mancando, desconfiamos de todos, quem seria capaz de agredir aquele doce amigo. Sinto muito sua falta, parecia pressentir nossa chegada. Quando nos via gritava e pulava de uma maneira desconcertante.
Pra quem cantarei como o mundo é bão, Sebastião?
Em uma de suas andanças noturna, Sebastião decidiu não voltar. Até hoje temos esperança de voltar a vê-lo. Já disseram que havia morrido, mas prefiro acreditar que apenas decidiu respirar novos ares. Logo, só me resta agradecer. Obrigado pela companhia, Sebastião! O melhor cão do mundo.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Fruto

Estranho pensar que as próximas horas vão definir meu futuro.
Futuro próximo, mas ainda futuro.
Estranho pensar que estes segundos aqui dedicados estão definindo meu amanhã.
Não consigo mais pensar nesse eterno tecer. Até quando?
Às vezes, eu só queria viver.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Leitor

O último livro que li: A vida que ninguém vê - Eliane Brum.

Mais que recomendado essa reunião dos casos/crônicas verídicos narrados pela incrível Eliane Brum enquanto colunista do jornal Zero Hora de Porto Alegre.


Além da emoção à flor da pele, do início ao fim, fica o aprendizado do famoso olhar que sempre comento por aqui. Afinal, talvez as coisas também sejam aquilo que queremos ver. 


E é com esse olhar minucioso e extremamente sensível, que Eliane narra histórias que ninguém vê ou faz questão de não notar, mas que nem por isso merecem ser esquecidas. 

Um banho de vida, realidade e sentimentos. Um livro pra ser lido e relido, mais que isso, um livro pra ser experimentado. Pois, claro! Você também pode lançar esse olhar. Um olhar atento e solidário, um olhar que sabe gritar, mas que sempre afaga.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Para os esquecidos

Passeando pelos arquivos do blog pude relembrar tantas coisas. Tantos dilemas, tantas angústias, alegrias e sublimações... É como ouvir aquelas músicas que marcaram sua vida ou revirar sua caixa de emails. Pros mais antigos, como eu, as cartas que sobraram. Ah! Sempre me esqueço de mencionar uma das maiores vantagens de se escrever/receber cartas: queimá-las. Sim, queimá-las! Quem nunca terminou um namoro e viu uma vida de alguns Megabytes ser defenestrada por apenas um clique? É tão mais dramático/emocionante/simbólico incendiar tudo aquilo que sobrou. Uma mera tentativa de expurgar todo o sofrimento. Doce ilusão, seria tão fácil se juntamente com o papel o fogo levasse toda a frustração que permanece. Enfim, esse nem era o meu ponto.
Recordar também é viver, mas quem  vive de recordação não vive. Portanto, dedique-se. Dedique-se à vida e aos outros, aos relacionamentos que você construiu. Afinal já diz a música: Existem provas de amor, apenas provas de amor, não existe o amor.

domingo, 8 de julho de 2012

A flor que nasceu Tulipa


Tulipa Ruiz foi uma das surpresas mais agradáveis do ano que passou. De voz inconfundível e diferenciada, na melhor das maneiras(aquele diferente que te surpreendente), com uma interpretação mais que envolvente e uma figura artística carismática compõe um enigma para mim até hoje indecifrado.
Efêmera é o nome de seu álbum de estréia, nome contraditório frente ao seu potencial. Tulipa tem tudo pra ser eterna. Nos primeiros acordes da música que nomeia o álbum já fui arrebatado por um comichão de sensações nunca antes experimentadas.



Já em fase de finalização de seu segundo álbum Tudo Tanto  ( Inclusive com duas faixas já disponibilizadas para download ), Tulipa desperta os olhares de críticos e de seus já cativos fãs. Tudo pra poder ter mais um pouquinho dessa mágica com nome de flor.
Ilustradora, cantora, mulher e o que será mais que descobriremos? Já não vejo a hora de me debruçar em meio a essa voz e conhecer mais dessa singular artista que há tempos não vemos igual.









sábado, 7 de julho de 2012

O dia em que a internet voltou

Passei cinco dias sem acesso à rede. É claro que dei aquele jeitinho para ao menos checar os emails, mas passeis cinco dias entre telefonemas à operadora e à desilusão. Sei que é extremamente imbecil esse comentário, mas foi uma das primeiras vezes que me peguei viciado em algo. O que antigamente sempre negava, já que costumo passar as férias na fazenda e apesar de estranhar essa realidade alheia a instantaneidade dos fatos, esse fast-food de notícias e distrações, acabava por me acostumar.


Bom, não vou me prolongar no sofrimento que é se sentir enganado pela operadora de internet, provedor e técnicos que não cumprem horários. Só achei engraçado a alegria extrema que me encontrei quando o serviço voltou. Ver aquele led verdinho e poder voltar ao mundo virtual me encheu de energia. Agora já vou indo, tenho muita coisa pra ler, baixar , stalkear, ouvir e recuperar... Rsrs

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O sexto dia do sétimo mês


Cobro-me muito. Às vezes me acho tão preguiçoso. Mas, definitivamente, quanto mais dias acrescento à minha vida, quanto mais experiências tenho, mais encontro casos extremos, pessoas vivendo  na sombra, na sombra não, na escuridão da inércia. Estagnadas. Casos que fazem de mim um chefe de excursão quando comparados.
Vida é movimento. É fazer tudo que está ao seu alcance, mesmo quando o máximo que se possa fazer é se presentear com mais duas horas de sono. Revigorar-se. Não aguento mais essa lentidão, essa falta de pró-atividade.
Não aguento mais pessoas que não se importam ou não se comprometem, não vestem a camisa. Não quero mais conviver com esses que só fazem jogar sua incompetência nas mãos de outros.  Vinte e todos anos e sequer tomam banho sem mamãe mandar.
Jovens adultos aguardando vovó servir o leite quente antes de dormir. Geração negligenciada pelos pais que na tentativa vã de compensar o tempo perdido, acabam por agravar ainda mais a situação. Pessoas incapazes de sobreviver sozinhas. Jovens apáticos fadados ao fracasso.
A vida real está longe desse desfile midiático que nos acostumamos a ver. Viver é sim se sujar, mergulhar fundo, se limpar, se reerguer e fazer tudo isso de novo e de novo. Vida é busca. É endo...

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Palidez

Tempo pra poder organizar essa bagunça, ler todos os livros empilhados há meses. 
Dar voz à alma suprimida pela rotina e pelas noites mal dormidas. 
Tempo pra poder ouvir todos os álbuns que ainda não ouvi e ler todos os artigos que aqui guardei. 
Tempo. 
Tempo pra poder dar um tempo...
Escravo de um tempo que ainda não sei se terei. 
Refém de um tempo que não sei se existirá. 
Estou doente de tempo. 
Eu preciso de segundos, eu preciso de estações inteiras. 
Talvez eu ainda precise de você. 
Minha sorte é que as folhas estão para cair e esse gélido inverno ainda congela aquele que insiste em bater por você.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alívio

Só mais oito horas. Respira e tenta manter a calma.
Apenas mais quatrocentos e oitenta minutos. Aquieta o coração e  calma.
Vinte oito mil e desvanecem os segundos que escorrem por entre meus dedos. Alivia a mente e procura a calma.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Bait Shop

Grande fã de The Killers e amante incondicional de seriados enlatados. Assim que chego ao seguinte.
The O.C. é na minha opinão um dos melhores seriados já produzidos. E não só pela qualidade técnica, mas por ter sido um refúgio durante minha adolescência. Inspiração e consolo. Eu realmente me emociono só de falar sobre o seriado; e nessa minha busca repentina por respostas resolvi assisti-lo novamente.
É a quarta vez que vejo o seriado, a quarta vez que vivo uma montanha russa de emoções, não só das tramas tão bem costuradas e com trilha sonora impecável. Mas pelas lembranças que me trazem. Todo aquele período de descobertas e incertezas. Tão semelhante com o que vivo agora.
Bom, como chegar nessa ligação entre minha banda favorita e meu seriado favorito? Bom não é todo dia que encontramos um dos protagonistas do seu seriado com um gosto musical tão semelhante ao seu, muito menos a sua banda predileta fazendo uma participação especial no seriado que você acompanha. Não sei se  fui claro, mas Smile like you mean it...


Smile Like You Mean It

Save some face
You know you've only got one
Change your ways
While you're young

Boy, one day you'll be a man
Oh girl, he'll help you understand

Smile like you mean it
Smile like you mean it

Looking back
At sunsets on the East side
We lost track of the time

Dreams aren't what they used to be
Some things sat by so carelessly

Smile like you mean it
Smile like you mean it

And someone is calling my name
From the back of the restaurant
And someone is playing a game
In the house that I grew up in
And someone will drive her around
Down the same streets that I did
On the same streets that I did

Smile like you mean it
Smile like you mean it
Smile like you mean it
Smile like you mean it

Oh no, oh no, no no
Oh no, oh no, no no


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Oceano

A vida cobra caro por aqueles momentos em que decidimos ficar parados, imóveis frente a toda essa efervescência indômita. 
E eu só queria fugir, velejar por novos mares. Esquecer e recomeçar. Sem bagagem, sem passado. Desbravar.
Mas, sempre tem "mas" no caminho, preciso de tempo, de dinheiro e de um desprendimento que ainda não alcancei.
Por isso continuo aqui, celebrando esses pequenos momentos em que me esqueço de tudo e o vislumbre de um futuro luzente já me deixa saudoso por tudo aquilo que viverei.

domingo, 1 de julho de 2012

A última nova

Basta olhar a sua última vez aqui presente e a minha última vez por aqui! Quem desalinhou as linhas de nossa história numa mera tentativa de fazê-las convergir ao mesmo ponto? Eu não quero ser como você e você jamais será igual a mim, nem eu consigo ser eu mesmo.
Mas exijo uma explicação.Apenas um motivo era o que gostaria de ouvir. Um único motivo pra ter criado essas barreiras intransponíveis e ainda acreditar que é a esperteza disfarçada de matuto mineiro, sempre comendo quieto e fingindo que não sabe ou que não liga mesmo estando ciente de tudo.
Conheço sua vida de maneiras que talvez nem mesmo você conheça. Sempre te estendi a mão e  lutei por você. E agora o que restou?
Algo próximo do fim ou o fim de fato? De minha parte... Já vivemos o que havia pra ser vivido. Então, é isso! Adeus! Como se fosse simples... Adeus!