E da boca saiu um cumprimento sofrido, com aquela voz trêmula e a respiração ofegante. Aos poucos, mais relaxados, conseguiram desenvolver um diálogo meio seco. Sabiam que assim que suas bocas se encontrassem seus mundos corriam o risco de acabar.
Pediu um pouco de água. Já sem lugar resolveu amenizar o clima; retirou de sua bolsa um chocolate e o ofereceu. Adoçaram o mundo antes de explodi-lo.
Dois pensamentos que se cruzam e se lapidam, duas forças que se chocam, mas não se machucam.
Horas, minutos e segundos. A eternidade vivida em alguns momentos. A árdua e deliciosa arte de aproveitar o silêncio.
Saem do transe e pelo ralo também escorre todo o pudor que já existira. Continuam suas rotas, aguardando a próxima colisão.
Um trago, um gole e um adeus.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Fragmentos - Parte 11
Passando ao lado de uma mãe com sua filha de aproximadamente seis anos, ouvi o seguinte diálogo:
_ Mamãe, cê vai me levar pra tomar gotinha hoje?
_Não, filha!-Disse ela ensaiando uma risada.
_Nós vamos ao Banco do Brasil.
E a filha pergunta:
_Mãe, a gente vai sentar num banco com a bandeira do Brasil?
E isso alegrou o meu dia.
_ Mamãe, cê vai me levar pra tomar gotinha hoje?
_Não, filha!-Disse ela ensaiando uma risada.
_Nós vamos ao Banco do Brasil.
E a filha pergunta:
_Mãe, a gente vai sentar num banco com a bandeira do Brasil?
E isso alegrou o meu dia.
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