quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

...e o desistente se questiona:

Você se lembra de quando sua vida estava uma bagunça e tudo deu errado?
E você sabe que até hoje as pessoas te julgam por aquilo que deu errado sem sequer saberem os motivos?
Mas será que estas são as perguntas corretas?
Eu creio que não...
Dirijo meus questionamentos a estas mesmas pessoas que questionam e julgam a sua vida sem ao menos ter uma vaga noção do que estão falando.
Será que eles conhecem o que você é, ou melhor, o que pretende vir a ser?
Será que enquanto eles perdem tempo falando de seus momentos difíceis eles não imaginam que você continua crescendo?
Será que enquanto eles compram um pedaço do céu e gritam por salvação não percebem que você continua transcendendo sem gastar uma moeda?
Será que enquanto eles se contradizem e segregam o outro não percebem que estão perdendo a oportunidade de experimentar o mundo?
Será que enquanto eles constroem castelos no além não percebem que a vida é urgente e não têm sequer um lar sólido?
Teriam eles a vaga idéia de que enquanto jejuam e se privam dos sabores mundanos, pessoas menos afortunadas apenas sobrevivem uma vida inteira?
E quanto a mim que sempre afirmo que o mundo não tem solução?
Esse ódio que me toma de repente significaria que talvez eu ainda não tenha desistido?
A indiferença é sempre a melhor opção?
Enfim, desconsidere-me!Afinal, eu estou apenas julgando...
Mas, ao menos, eu tenho noção da alienante miséria em que você se afoga, da sua conduta dúbia e do seu caráter flutuante.
E sim...eu me contradigo, eu erro e eu desisto...

"And now you do what they told ya
 And now you do what they told ya, now you're under control
 And now you do what they told ya!"

                                      Rage against the machine-Killing in the name

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Coisas estranhas

A primeira coluna oficial do meu blog acaba de nascer.Em todas as terças-feiras, a partir de hoje, tentarei relatar as coisas mais estranhas que aconteceram comigo ou com meus amigos durante a semana.E por mais irreal que isso pareça, esta decisão foi tomada há alguns poucos segundos atrás.Pode ter certeza que minhas histórias(as que podem ser publicadas) se assemelham aos causos de caipiras ou estórias de pescador, mas a veracidade das histórias serão sempre confirmadas por minha assinatura.

Há alguns minutos atrás conversando com uma amiga no messenger uma pomba acinzentada bateu no vidro da janela do meu quarto e caiu do lado de fora, obviamente, com o pescoço quebrado onde agonizou durante alguns segundos até morrer.O que mais me intriga é que esta é a segunda vez que isso acontece.Ano passado uma pomba branca bateu numa janela de vidro do bloco C e caiu com o pescoço quebrado ao lado do meu pé esquerdo onde também agonizou alguns segundos até morrer.Se existir alguma explicação, alguém por favor me explique!E agora tem um cadáver pombiano me esperando pra ser enterrado.

Ainda intrigado confirmo a veracidade dos fatos acima:
                                                                                          João Cardoso
                                                                                        

Um recado com doses de maldade

Sim!É esta a precursora do grande sucesso "Single Ladies" eternizado na voz e coreografia de alguma dessas cantoras que eu nunca sei diferenciar.Estima-se que a foto tenha sido tirada no início do ano de 2006 quando terminávamos, então, o segundo ano colegial.
A ex-fã do grupo Backstreet Boys jamais poderia imaginar que anos depois aquela brincadeira renderia tão belos frutos e a faria trilhar novos caminhos pelo mundo da dança.
Se não me engano foi nessa época que iniciamos uma grande amizade com altas doses de adrenalina (andar de carro com ela era como experimentar os minutos finais da vida de um Kamikaze!).Mas era divertidíssimo...
Brincadeiras a parte, veio um hiato.
E hoje posso dizer que os anos foram muito generosos contigo(risos, eu não me aguento)!Preservando a menina meiga, a mulher batalhadora, a bióloga em realização, a bibliotecária em ascenção, a mente brilhante em constante evolução.Udia que nos aguarde, o mundo que nos aguarde!Eu não queria ser o Pinky, mas:

"__Cérebro, o que faremos amanhã a noite?
 __A mesma coisa que fazemos todas as noites, Pinky... Tentar conquistar o mundo!"

...do Sarará!

Uma vontade incontrolável de sair da casa dos pais, conhecer um mundo novo e saborear a idealizada liberdade.Uma cidade universitária e milhões de possibilidades.Nos separamos, ela, a outra e eu.Um hiato com poucas pitadas de contato.É fácil perceber meus erros e mais fácil ainda me culpar, mas não foi isso que aprendi.Lamentar o passado não muda o futuro e amizades são organismos vivos que necessitam de cuidados que eu até então desconhecia.
Perde-se totalmente o contato.Orgulho e medo de se sentir menor por procurá-la.Amizades novas e o curso mais complicado que imaginava.Era tudo novo, era tudo lindo.Problemas pequenos, mas vividos intensamente.E assim passou um ano e meio.
Acordei.Resolvi procurar a outra, o único elo ainda existente entre nós.Depois de muito insistir e apelar por tudo que já havera  feito em favor da relação das duas(coisa que não me arrependo!) fiquei sem ação ao saber tudo que passaram.Fiquei ofendido e indignado por terem me culpado.Não fui eu.
Entendi os motivos que a levaram a crer que eu seria capaz de sacanear uma pessoa que até hoje tem uma importância na minha vida que nem eu entendo.Discordo dos mesmos, obviamente.
E um dia disseram-me:

__Mas até hoje ela nem conversa contigo?Já faz tanto tempo e mesmo que fosse você...já faz tanto tempo.

Há certas coisas que o tempo não apaga, existem feridas que deixam cicatrizes pra vida toda.Mas o mais importante: não fui eu.E foi isso que me fez desistir mesmo dizendo que não iria.Acreditei que minha palavra fosse o bastante, mas não foi.
Retoma-se as negociações e nos encontramos.Novamente reunidos, ela, a outra e eu.Abre-se, então, um grande parênteses pra contextualizar e finalizar a participação da outra.(Ela demonstrou o sentimento que eu mais abomino: ingratidão.E aquela pomba defecando em seu ombro, pra mim, não foi mera coincidência.Mesmo sendo um cético extremista.Ainda assim, procurei-a e voltei a falar com ela há pouco tempo; pedi desculpas e tentei um recomeço, uma porta aberta.E hoje depois de poucas conversas, sabendo mais coisas e resolvendo outros desentendimentos percebi uma mágoa muito bem camuflada.E que assim ficará junto com a mesma porta aberta e a admiração e vontade de estar junto mais uma vez.Não vai ser uma mágoa do passado que me impedirá de viver algo bom com a outra, caso um dia isso aconteça.)
Nos despedimos em um abraço torto e no calor das emoções decidi enterrá-la(a segunda falecida).E aqui estou (com ela mais viva do que nunca,renascida das cinzas).Um pouco mais velho e com essa vontade inexplicável de resolver a vida como se ela fosse acabar depois desse próximo suspiro.O que o futuro nos reserva eu realmente não sei.O meu último desejo: terminar essa história mesmo que não recomecemos outra.Ela e eu num abraço apertado que tente significar a importância dela em minha vida.Um pedido de desculpas por todas as besteiras ditas durante aquele desenrolar e só...
Não conseguiria dizer mais nada, talvez por isso escreva tudo isso aqui.Caso não terminemos essa história da forma que desejo fica aqui o registro...Registro de uma amizade avassaladora com a pessoa que me ajudou a entender um pouco mais da vida.Uma mulher encantadora, engraçada e com as sardinhas mais sensuais que eu já vi...E repito, não há tempo capaz de apagar o que ficou, tudo aquilo que vivemos jamais deixará de ter existido e de ainda existir nas boas recordações e nos bons sentimentos e desejos que retornam volta e meia aos meus pensamentos.Nega...

Um passado presente

Por muito tempo eu tentei esquecer.Tentei, sem sucesso, apagar toda e qualquer lembrança que me remetesse a você e a tudo que vivemos (seria bem mais simples se fosse só atear fogo nas cartas como fazíamos!).Não fomos casados, namorados, irmãos no crime, mas compartilhamos momentos importantes em demasia;  nossa adolescência, nossas crises, nossos porres, momentos que tempo algum conseguirá apagar.
Nestes dois anos e meio sem sequer te ver, muita coisa aconteceu; tive no máximo algumas notícias de você que me deixaram feliz só em saber que tudo aquilo que um dia sonhamos começou a tomar forma.Se antes  ainda não nos conhecíamos, hoje seria quase impossível nos reconhecer (Sem exageros!É  certo que mudamos muito, mas no fundo continuamos os mesmos!).Algo que sempre me entristeceu foi saber que poderíamos ter compartilhado  vários outros momentos importantes e que isso não aconteceu.E não aconteceu...simplesmente.A procura por um culpado não te incluirá em todos aqueles momentos que eu te queria por perto, mesmo que distante, só pra poder dizer que "nesse mundo tem alguém que diz"...
Chega a ser uma drama- cômico.Mas a graça vem do fato de até hoje não entender e as chances de assim ficar são gigantescas.Hoje, após quatro anos que não moro mais em minha cidade natal vou enfrentar  essa ferida  que ainda não cicatrizou(corta o drama!).É uma tentativa quase tola de exorcizar esse passado, tornar limpo pra poder seguir em frente(não que isso tenha me atormentado todo esse tempo!).Mas, sim.Volta e meia me pego perdido em pensamentos sobre nós.
Semana passada combinei de sair com alguns amigos, que também são amigos dela.No telefone, ele me disse:

__Posso chamar a *?Hum!Me esqueci que vocês são brigados.Mas vou chamá-la mesmo assim...Vamos ver se comigo e com a # ela ainda não vai querer te ver.

E tudo isso sem eu dizer uma sequer palavra.No mesmo instante em que ele disse *; uma tristeza me tomou por inteiro de uma maneira ainda não experimentada.Ao mesmo tempo, fiquei esperançoso, animado até demais só com a possibilidade de ela ir.Fã declarado de grandes catarses já nos imaginei abraçados, chorando e prometendo amor eterno...É lógico que ela não foi e apesar de me sentir preparado pra isso não consegui disfarçar minha frustração.No fim da noite, falamos um pouco sobre isso e pedi que alguém fizesse o favor de dizer a ela que um dia gostaria de revê-la...
Já me aconselharam a esquecer, não consegui.Disseram-me que se isso aconteceu foi por força do destino, mas me recuso a acreditar.Ouvi desde coisas idiotas como: “...ela não merece sua amizade!” ao quase unânime “..não entendo!”.Em uma coisa éramos parecidos...orgulhosos ao extremo.Brigávamos muito, discutíamos, nos magoávamos, porém mesmo nesse complementar amor e ódio nunca havíamos experimentado a indiferença.
Esses anos talvez tenham me feito bem.Por isso, estou aqui escrevendo.Não será por um orgulho besta que vou esconder o que sinto e muito menos de dizer tudo que ficou aqui entalado.Sabe aquelas amizades de filmes, então...não era como essas.Era maior; transcendia em diversas formas e se alguém nesse mundo já chegou bem perto de me completar...foi ela.O amor acontece de diversas formas e mais...lembre-se que é imensurável.
O que o futuro nos reserva vai além das consequências dos nossos atos, das consequências dos atos de nossos antepassados e deste fator randômico que alguns chamam de sorte, outros destino ou Deus.E depois de tudo isso ainda vem um breve resumo, a minha versão condensada daquilo que não ficou claro; a tentativa de tentar entender...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Segunda postagem de 2011,

mas, tecnicamente a primeira.Viagem, diversão, muito trabalho, novas amizades e os mesmos vinte e dois anos de idade.Foi uma virada de ano perfeita.Um porre monumental e uma ressaca sem precedentes.Além da chuva capaz de lavar os pecados mais imperdoáveis.Um muito obrigado aos amigos de lá; reviver aquilo tudo de novo foi muito importante.Trabalhamos e demos trabalho.Muita música, muitos filmes, butecos com copos sujos e mais histórias pra contar.Depois vem a família e a vida de turista.
Ouro Preto é a cidade mais louca que já conheci, especificamente a Praça da Liberdade depois das dez.Um hotel com uma vista pra área de fumantes-risos.Um colchão de molas que eu quase trouxe comigo e uma ducha daqueles em que você quase se afoga.Meu irmão caindo da escada e beijando a foto do Niemeyer.Cenas inesquecíveis.
Belo horizonte continua sendo uma cidade que não me atrái.Seu pai e suas gafes e mais histórias pra contar.Mais de cinco horas de viagem ouvindo modão sertanejo, zoando meu pai e exprimido entre malas de dois anos de história mais quilos de pedra sabão, um porquinho de barro e uma garça pra colocar no jardim.
Araxá, saudades daqui!Visita parentes e vai pra fazenda.Trabalha discute coisas inúteis, tipo BBB.E um cansaço me faz ficar em casa, ler um livro e eternizar, em palavras, essas quatro semanas.
Vale registrar a esperança de que daqui pro futuro tudo vai ser diferente, pois o melhor ainda está por vir!

*Uberlândia, sinto sua falta!As pessoas especiais que conheci e , principalmente, as que re-conheci.O novo estilo de vida e tudo que aí se passou fazem do meu amor por você algo eterno nunca antes vivido!

Primeira postagem de 2011...

...e eu falarei de 2010.Dezembro chegou juntamente com uma onda de tédio insuportável, então pensei que nem sempre temos a oportunidade de jogar tudo pro alto e correr pra debaixo das asas da mamãe.E eu não tive essa chance, mas isso não me impediu(Risos)!Eu me f#$*, mas e daí?Viver é a arte de saber lidar com as consequências de seus atos e não se arrepender exige muita coragem além de um desprendimento mundano surreal.Juntei minhas malas e voltei pra casa.Mais de mil justificativas eu posso oferecer e se você as ouvisse cairia em prantos _ Olha o drama!_Mas prefiro não justificar, pois fazemos cada vez mais o que os outros querem ou esperam de nós e esquecemos que a vida é uma só; viver é uma urgência.Duas semanas pra pensar, aliviar o peso das costas e perceber que tudo se esvai numa rapidez impressionante.Foi quando decidi que esperar um ano novo pra recomeçar não faz o menor sentido.Se for pra recomeçar que seja agora_continua no próximo post.