quarta-feira, 1 de junho de 2011

O tempo de hoje


Estranho percebermos que estamos envelhecendo.Que a cada aniversário, a cada mês ou a cada dia estamos um pouquinho... diferentes, maduros, mais fortes ou fracos, com mais rugas ou mais próximos do fim.
Às vezes, custo a acreditar que aquela criança que vi há alguns anos atrás tornou-se um adolescente rebelde.E a menina que vi ainda dentro da barriga de sua mãe, já é uma mulher.Ou que a avó que me levava em seu colo, mal consegue equilibrar-se sobre seus próprios  pés.A idade não vem sozinha, fato!Envelhecer nos torna humanos.Mostra a nossa fragilidade.Em contrapartida, costuma vir recheada de paciência e conhecimento adquirido.
Mas o que me intriga são aqueles que deixam pra viver na velhice, tudo aquilo que sempre quiseram viver.O que me incomoda é esse modelo passado de geração em geração.Crescer, formar-se, trabalhar, constituir família, trabalhar mais um pouco, educar os filhos, trabalhar, formar os filhos e só depois aproveitar um pouco da vida que resta.
Não é à toa que volta e meia ouço: “Se pudesse viver tudo de novo com a cabeça que tenho hoje...”.Não sei se estou certo, mas acredito que possamos fazer diferente.A vida não é sequer um esboço, pois o próprio esboço seria um ensaio.Não saberemos qual decisão é a correta, já que não existe outra vida para compararmos.O que não cabe é ficarmos na inércia de outras gerações.
No mais, deixo o alerta: “A vida é urgente!”. Então se sobrar um tempinho tente fazer a diferença.Tente ser feliz se for o caso.Corra até a casa da mocinha gripada e a convide pra tomar sorvete (Godinha!- risos).A vida precisa de tempo pra acontecer, mas não deixe o tempo correr.