domingo, 24 de abril de 2011

Fragmentos - Parte 8

_Mãe, será que um dia o "sertanejo"(música) vai acabar?
_Ah, meu fih!Acho que não!
_Mas, será que existe algum lugar em que ninguém ouça essas músicas?
_Ah, menino!Acho que não!

Pois é...Está cada vez mais difícil ser feliz!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um minuto, por favor!

Eu não consigo sequer discutir ou pensar nos motivos que uma pessoa teria pra tirar a vida de um inocente.Casos que aconteceram  nos EUA chocaram toda a comunidade internacional(O filme “Elefante” retrata um destes casos de uma forma única, sem procurar explicar ou construir estereótipos).E foram esses casos que levaram a essa discussão global sobre o bullying.Mas o que adianta dar nome a um determinado comportamento repudiado se não se propõe ou busca-se uma solução?
Hoje no Rio de Janeiro, na comunidade do Realengo, mais de dez vidas foram interrompidas.São promessas que não serão cumpridas, sonhos que nunca serão realizados e famílias completamente destruídas.
Muito provavelmente, você vai se cansar de noticiários tentando buscar, incansavelmente, motivos para explicar a tragédia.Discutir-se-á quem são os culpados e será traçado um perfil completo da personalidade desse jovem que eu, sinceramente, não sei como classificar.Mas será que o caminho é este?
Acredito que não, o melhor a fazer é demonstrar nossa solidariedade e compaixão por aqueles que perderam seus filhos, irmãos, amigos...E lutar, lutar por ensino de qualidade, por oportunidades para todos!Parar de discutir se o mundo é ou não é uma causa perdida e agir.Busque na sua memória e você se lembrará de alguns casos que comoveram o país.Crimes passionais, brutais, banais...Punir os culpados ajuda a aliviar a dor, mas ela nunca acaba.Garantir que crimes desse gênero não mais ocorram; creio ser esse o caminho.
E ainda existem pessoas capazes de brincar com a situação: Quem quiser se auto suicidar a si mesmo, não vá a uma escola... vá ao senado. Assim vc morreria como herói, não como um fila da puta =/”(sic). Mostro aqui o meu desprezo a estes que acreditam ser esta a solução.Não  interessa a índole, conduta e/ou histórico dos que morreram.Antes de tudo, são pessoas como você.São vidas e ninguém pode ter o direito de ceifá-las.
Hoje meu dia perdeu cor.Pra mim, tragédias como essa nunca cairão na normalidade.Por enquanto, vivamos o luto.Mas, amanhã...Lute, discuta e tente mudar o mínimo que puder.Não será o bastante pra salvarmos o mundo, mas o suficiente pra alterar essa triste realidade.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Posso falar?

Acabei de ouvir a pior música que alguém já fez; não sei seu nome, mas os quatro minutos em que fui obrigado a processar o que meus ouvidos captavam foram mais que suficientes para decorá-la.Afinal, eram apenas dois versos que vergonhosamente transcrevo abaixo:

"Posso falar?
Quero te dar!”

Em meio a inúmeros tuntz-tuntz e aquele efeito Gaga de Ilhéus( Po-po-po-po-po-posso falar?) a música perturbação auditiva agitava o ambiente.O que leva uma pessoa a cantar isso ou  o que leva uma pessoa a ouvir isso?Existem músicas divertidas e animadas um pouco mais elaboradas.Pensei um pouco e cheguei a uma conclusão: muito provavelmente o carinha que obrigou a vizinhança a ouvir isso é sozinho e a intensidade do som era diretamente proporcional à sua vontade de ouvir esses poéticos versos de uma mulher( in loco).
Porém, sinceramente, seria degradante ouvir alguém expressar seus desejos mais carnais dessa forma tão...tão direta!Nem a Sandy que é devassa o faria e homens são tarados, mas nem tanto.Uma pessoa se oferecendo dessa maneira não deve ter amor próprio.E não acredito que o autor(a) é um(a) feminista  querendo celebrar a liberdade sexual  conquistada pelas mulheres desde a invenção dos anti-concepcionais.
Os versos abaixo são da música Sutilmente do Skank.E é preciso atenção pra observar toda a sutileza da letra:

"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe"

É verdade que a mensagem transmitida sempre depende de quem lê.O que queria provar é que existem maneiras e maneiras de se expressar e, geralmente, aquilo que fica subentendido tem mais sabor.