domingo, 23 de fevereiro de 2014

Hoje cedo

Acordei as 6:30. Simples assim. Acordei sem sono. Acordei ou saí de um pesadelo? De fato, acordei pra me deparar com o pesadelo real de estar acordado. Tentando uma distração daqui, uma pequena caminhada até lá fora e recomeça. O sofrimento aqui dentro. Tomo água numa vã tentativa de purificação. Música, literatura, cinema, qual arte irá me salvar? Ah!Essa falta de ar. Essa saudade de tudo aquilo que não vivi. Essa necessidade de me afastar de tudo aquilo que um dia me fez bem e hoje dói tanto. Amizades que machucam. Amores que... Pensamentos, melhor aquietá-los. Voltarei a dormir.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Eu, Lemos

Preciso marcar minha volta.
Depois de um longo tempo  tentando refletir sobre o porquê de vir aqui e não tendo encontrado explicação em mim, percebi que já haviam explicado isso. Quatro meses, nada de extraordinário ocorreu. Não houve um lampejo ou uma necessidade voraz de aqui estar. Mas como Cora mostrou em sua vida, poesia, sempre retornamos às nossas raízes. E aqui estou, mais cambaleante do que nunca, porém disposto a me encarar mais uma vez.

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina