terça-feira, 25 de janeiro de 2011

...do Sarará!

Uma vontade incontrolável de sair da casa dos pais, conhecer um mundo novo e saborear a idealizada liberdade.Uma cidade universitária e milhões de possibilidades.Nos separamos, ela, a outra e eu.Um hiato com poucas pitadas de contato.É fácil perceber meus erros e mais fácil ainda me culpar, mas não foi isso que aprendi.Lamentar o passado não muda o futuro e amizades são organismos vivos que necessitam de cuidados que eu até então desconhecia.
Perde-se totalmente o contato.Orgulho e medo de se sentir menor por procurá-la.Amizades novas e o curso mais complicado que imaginava.Era tudo novo, era tudo lindo.Problemas pequenos, mas vividos intensamente.E assim passou um ano e meio.
Acordei.Resolvi procurar a outra, o único elo ainda existente entre nós.Depois de muito insistir e apelar por tudo que já havera  feito em favor da relação das duas(coisa que não me arrependo!) fiquei sem ação ao saber tudo que passaram.Fiquei ofendido e indignado por terem me culpado.Não fui eu.
Entendi os motivos que a levaram a crer que eu seria capaz de sacanear uma pessoa que até hoje tem uma importância na minha vida que nem eu entendo.Discordo dos mesmos, obviamente.
E um dia disseram-me:

__Mas até hoje ela nem conversa contigo?Já faz tanto tempo e mesmo que fosse você...já faz tanto tempo.

Há certas coisas que o tempo não apaga, existem feridas que deixam cicatrizes pra vida toda.Mas o mais importante: não fui eu.E foi isso que me fez desistir mesmo dizendo que não iria.Acreditei que minha palavra fosse o bastante, mas não foi.
Retoma-se as negociações e nos encontramos.Novamente reunidos, ela, a outra e eu.Abre-se, então, um grande parênteses pra contextualizar e finalizar a participação da outra.(Ela demonstrou o sentimento que eu mais abomino: ingratidão.E aquela pomba defecando em seu ombro, pra mim, não foi mera coincidência.Mesmo sendo um cético extremista.Ainda assim, procurei-a e voltei a falar com ela há pouco tempo; pedi desculpas e tentei um recomeço, uma porta aberta.E hoje depois de poucas conversas, sabendo mais coisas e resolvendo outros desentendimentos percebi uma mágoa muito bem camuflada.E que assim ficará junto com a mesma porta aberta e a admiração e vontade de estar junto mais uma vez.Não vai ser uma mágoa do passado que me impedirá de viver algo bom com a outra, caso um dia isso aconteça.)
Nos despedimos em um abraço torto e no calor das emoções decidi enterrá-la(a segunda falecida).E aqui estou (com ela mais viva do que nunca,renascida das cinzas).Um pouco mais velho e com essa vontade inexplicável de resolver a vida como se ela fosse acabar depois desse próximo suspiro.O que o futuro nos reserva eu realmente não sei.O meu último desejo: terminar essa história mesmo que não recomecemos outra.Ela e eu num abraço apertado que tente significar a importância dela em minha vida.Um pedido de desculpas por todas as besteiras ditas durante aquele desenrolar e só...
Não conseguiria dizer mais nada, talvez por isso escreva tudo isso aqui.Caso não terminemos essa história da forma que desejo fica aqui o registro...Registro de uma amizade avassaladora com a pessoa que me ajudou a entender um pouco mais da vida.Uma mulher encantadora, engraçada e com as sardinhas mais sensuais que eu já vi...E repito, não há tempo capaz de apagar o que ficou, tudo aquilo que vivemos jamais deixará de ter existido e de ainda existir nas boas recordações e nos bons sentimentos e desejos que retornam volta e meia aos meus pensamentos.Nega...

Nenhum comentário:

Postar um comentário