quinta-feira, 20 de maio de 2010

Desabafos de quinta à noite!

Querido Thiago Diário, prometi a mim mesmo que não voltaria a reclamar da atual situação em que me encontro; até mesmo porque percebi que assim me torno uma pessoa negativa, ranzinza e acabaria por afastar as outras pessoas da minha vida, me tornando sozinho, infeliz e frustrado.Os mesmos adjetivos que se encaixam perfeitamente pra ilustríssima Senhôra Picuinha que retornou hoje ao lar que deixou de ser lar.A tarde fiz mais uma prova e não queria estar aqui te contando isso, coisas irrelevantes...Se podemos ir direto à sobremesa pra que esperar?Assim que cheguei em casa fui no vizinho ajudá-lo na inscrição pra prova da OAB que já tem uma taxa de incríveis duzentos reais.Depois tomamos chá de anis estrelado e comemos algumas castanhas, amêndoas e ainda bebemos café; foi agradável.Voltei pra casa e liguei pra mamãe, mas quem atendeu foi o papai(Não é mamãe, não é mamãe!).Em seguida liguei pro meu querido irmão que usando um eufemismo careta disse:"Aham Cláudia, senta lá!".Me revoltei.Estava teclando com uns amigos e fomos naquela rede que vende esfirra baratin, baratin...A gente ia tomar um pingão pra esquentar, pois o frio é muito.Mas acabamos desistindo da idéia; o bar do Sô Vladmir não presa pela higiene e eu acho que vi uns roedores andando em meio as caixas de cerveja.Voltei pra casa e resolvi te escrever, só pra contar que assim que cheguei do vizinho ela veio me perguntar onde estava o pano de prato de limpar o fogão e aquela coisa em que se apóia as panelas para esfregá-las.Eu fui até a área de serviço que é muito grande e distante da casa e achei a tal coisa que serve de apoio, porém não encontrei o pano de prato velho, manchado e com alguns buracos; de tão cara tecelagem, lã de indústria irlandesa.Lembrei-me que poderia ter ficado dentro da máquina e lá o encontrei e ela num ato espontâneo de total descontrole me disse: "Só espero que não tenha mofado!".Vou ficando por aqui, termino com um trecho de um texto que li na Folha, de Contardo Calligaris, explicando o Carpe diem:


"2) Às vezes, num casal, as exigências triviais do parceiro são intoleráveis por parecerem absolutamente insignificantes: tire os pés da mesa, não espalhe o jornal pelo chão da sala nem a roupa pelo chão do quarto. Indignação: a morte nos espreita, e eis que alguém se preocupa com as migalhas que podem cair no sofá.
Como teria dito Sêneca, nós nascemos para coisas grandes demais para continuarmos escravos dessas picuinhas, não é?
Problema: uma vez chutado o pau da barraca, quem garante que a "grandeza" para a qual nascemos não se resuma em comer livremente amendoins na cama?"

Boa noite!

Um comentário:

  1. Olá João!
    Adorei o blog!
    Me lembrei das sextas feiras que iamos para a biblioteca do Cefet lermos a coluna da Fernanda Takai no Estado de Minas, agora acho que a coluna dela está nas teças feiras... Achei seu estilo de escrever parecido com o dela.
    Beijos!!

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