terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

...a minha vida não é um twitter,

muito menos um livro aberto, mas lembro que isto também não quer dizer que seja um livro fechado; tampouco esquecido na prateleira. Vidas, simplesmente são...
Voltando ao que realmente importa: ou as pessoas perderam a capacidade de “ler” o outro, ou eu aprendi a disfarçar muito bem aquilo que sinto (o que duvido muito!).Testa franzida, mau humor e isolamento nem sempre significam uma patologia grave ou um mero charme.No mundo em que eu vivo, que meu irmão intitula: “O fantástico mundo de João Paulo”, as pessoas mudam de humor e ninguém é obrigado a ser feliz e simpático o tempo todo.E digo mais: as pessoas não são em nenhum momento obrigadas a postar no twitter ou a andar com um adesivo colado na testa contando sobre seu estado de espírito.Talvez o que nos falte seja um pouco de bom senso.Pertencemos a uma geração rápida demais; alguns acreditam que em cento e quarenta caracteres é possível se tornar um célebre questionador e/ou conhecedor do mundo e das pessoas.Não se trata de uma crítica banal às novas formas de se relacionar ou de se manifestar, mas de uma crítica à maneira que as utilizamos.A tecnologia nos deu voz,porém desaprendemos a ouvir (e os versos: “papo de surdo e mudo...” fazem sentido?).
Vale lembrar que só nos conhecemos a partir do outro,das nossas interações com o outro.E só é possível conhecer o outro quando já nos conhecemos um pouco.E, apesar de já parecer complicado, este é apenas o início.O conhecimento não é algo concatenado, conhece-se fragmentos perdidos em tempo e espaço.Conhecimento exige dedicação.Resta-nos decidir se o esforço é válido ou não.E neste sentido eu concordo com Pessoa: “Tudo vale a pena//se a alma não é pequena”.
Ler é em todos os sentidos um ótimo exercício. E mesmo que se interesse por tablóides de quinta, aprenda a não resumir os fatos à pequena manchete escrita em letras garrafais na sua capa.Por detrás daquela separação existem motivos muito maiores que uma traição ou seja lá o que for; e se isto realmente te completa...vai fundo!Só não seja leviano ou precipitado demais ao se expressar. Caso não queira mergulhar nessas histórias tão banais, escolha outros temas, outras pessoas!
A sua vida se transformará se aprenderes a usar seus sentidos de maneira mais profunda. Não será preciso  meditar, se privar ou ler o último livro de auto-ajuda lançado.Basta ouvir quando é preciso ouvir; ler enquanto se lê e viver enquanto houver vida!E pra v-i-v-e-r, intensamente, com todas as letras...há de ser Über!E como diz Leda: pra ser Über, há de ser Sem Censura!

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