sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu digo adeus!

Ela diz não se importar, mas como não se importar se estamos mergulhados até o pescoço nesse mar de dívidas morais, ofensas não verbalizadas e amistosidade questionável.Poderia ter sido uma grande Guerra Fria, mas terminamos em um nível bem mais baixo, eu diria infantil.Ela cutucava de cá e eu mesmo tentando não me envolver acabava respondendo.É difícil controlar a raiva diante de tanta injustiça.Eu certamente me arrependerei por ter cedido às provocações e me arrependo sim de ter provocado também.Mas, agora não há tempo pra achar culpados e vítimas.Todos são responsáveis por esta situação.Sei que às vezes fui infantil e que motivado por pequenas vinganças regredi dez anos ou mais nas minhas atitudes.
Apesar de termos ultrapassado todos os limites, eu tentei, sem sucesso, reverter a situação.Diante de tudo, decidi que o melhor a fazer era praticar o meu silêncio.Exercer um direito universal e deixasse que nas entrelinhas ele falasse por mim.Acredito, melhor, tenho certeza que este fato foi o estopim para a fase que denomino: Ultrapassagem dos níveis mínimos de respeito e a tentativa frustrada de ofender diretamente de maneiras indiretas nada sutis.Como falar ao telefone com alguém desconhecido sobre tudo aquilo que você queria dizer pro envolvido, mas não tem coragem ou brio suficientes para fazê-lo.Nunca tive problemas em ouvir verdades ou mentiras.O que me irrita é quando estas últimas não são ditas cara-a-cara, ou pior, quando são ditas na presença de outrem.Aprendi a ouvir críticas e filtrá-las.Já fui chamado de burro, idiota, interesseiro e tantos outros adjetivos depreciativos.Porém, aprendi a me questionar, fazer uma pequena reflexão interna; auto-análise.Pergunto se algo nisso tudo faz sentido e só me permito entristecer se é racional.Por isso encorajo todos a serem sinceros em relação aos seus sentimentos ou a no mínimo se silenciarem, entendê-los e somente quando confiantes expor suas opiniões ao interessado.
Transpusemos barreiras e não há como voltar.Estamos nos separando, de vez.Eu estou indo embora.Não vou ser hipócrita e desejar o seu bem, mas não serei insensível e desejar-lhe o mal.Só peço que parta sem alarde, pra nunca mais voltar.Eu sei que apesar da imensidão do mundo, poderemos nos ver novamente.Caso isso ocorra, estarei zerado.Estarei separado por milhas de distância sentimental, mas pronto pra reconstruir laços de cordialidade e respeito pelos poucos momentos bons que passamos juntos.No mais...Adeus!

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