quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Riscar-te

Daí a pessoa começa a namorar.
E quer substituir a família, os amigos e todas as outras relações possíveis por aquele(a) a quem diz amar.
A pessoa começa a namorar e se deixa levar por todos os devaneios do outro. Deixa de existir pra viver um nós. Um nós de dois. Nós.
A pessoa segue em frente apostando na relação que já começou errada e se complica cada vez mais, iludidos pela existência do amor de novela, sucumbidos em suas próprias inseguranças. Aterrorizados pelo medo de ficar sozinho. Impossibilitados de notar que merecem algo melhor.
A pessoa muda, se afasta de todos, mas não percebe que está sozinha numa relação de dois comuns. Preenchida por sorrisos de passagem, com colegas que não estarão ali pra sempre.
E nós que estamos aqui pra sempre? Ou ficamos como urubus esperando a queda ou te riscamos.
Mesmo que temporariamente.

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